segunda-feira, 6 de agosto de 2007

Praceta António Sérgio



António Sergio
António Sérgio, nasceu em Damão, (India Portuguesa) em 3 de Setembro de 1883, no seio de uma família da média nobreza liberal, com uma larga tradição na Marinha Portuguesa.
O próprio António Sérgio deixou escrito que passou a infância a ver navios, a desenhar navios, a viajar em navios e a brincar com barquinhos.
Depois de completar a formação no Colégio Militar e um ano na Escola Politécnica, ingressou na Escola Naval, cujo curso concluiu em 1904, fazendo carreira até ao posto de 2º tenente. Aparentemente, foi a revolução republicana de 1910 que motivou o seu pedido de licença ilimitada, concretizando a demissão definitiva em Junho de 1915.
Pensador dos mais marcantes do Portugal contemporâneo, deixou vasta obra que se estende da teoria do conhecimento, à filosofia política e à filosofia da educação, passando pela filosofia da história. Colaborou nas revistas “A Águia” e “Vida Portuguesa”. Membro do grupo da Renascença Portuguesa, fundou as revistas Pela Grei (1918) e Seara Nova (1921), pertenceu ao grupo que, em 1924, lançou a revista Lusitânia.
Foi ainda ministro da Instrução (1923) e fundador do Instituto Português de Oncologia. Exilou-se, por motivos políticos, após a revolução de 28 de Maio de 1926, tendo sido destituído do cargo que ocupava na Biblioteca Nacional.
Regressou, mais tarde, a Portugal, prosseguindo o seu trabalho de ensaísta e conferencista. Foi chefe de redacção da Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira.
Sérgio foi preso em 1910, 1933, 1935, 1948 e 1958. E a propósito das últimas quatro vezes pensou (e depois escreveu) que foi na prisão que encontrou a verdadeira«união nacional» - de oposição à ditadura militar, primeiramente, e, depois, a Salazar, ao Estado Novo, ao fascismo.
Exerce influência decisiva na criação do Partido Socialista . Morre em Lisboa em 24 de Janeiro de 1969.
Tal como acontece noutras ruas e avenidas da Freguesia de Monte Abraão, também nesta praceta existem duas placas toponimicas, ambas sobre pelintos de tijoleira, e a poucos metros uma da outra (veja-se a foto acima) sendo que a verde é completamente diferente à maioria das placas em uso na Freguesia.

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