quarta-feira, 8 de agosto de 2007

Rua Jaime Cortesão



Jaime Zuzarte Cortesão
(Jaime Cortesão)
Filho do filósofo António Augusto Cortesão, nasceu em Ançã, concelho de Cantanhede, a 29 de Abril de 1884. Em Coimbra estudou Grego e Direito e, mais tarde, no Porto e em Lisboa, Medicina, formando-se em 1909.
Como tese de formatura publicou "Arte e Medicina" e um livro de Poesia: "A Morte da Águia". Anos depois, publicou um belo volume de líricas, sob o título de "Glória Humilde".
Professor, de 1911 a 1915, deputado, de 1915 a 1917, serviu como voluntário na 1.ª Guerra Europeia, na campanha de Flandres, em 1918, na qualidade de capitão-médico-miliciano, tendo sido gravemente ferido em combate e condecorado com a Cruz de Guerra.
Sobre a guerra escreveu um livro, hoje raro: "Memórias da Grande Guerra". Director da Biblioteca Nacional de Lisboa, de 1919 a 1927, fez parte da missão literária que foi ao Brasil, em 1922, acompanhando o presidente António José de Almeida.
Data dessa época, ao colaborar na "História da Colonização Portuguesa do Brasil", o seu renome de historiador, especialmente da parte relativa aos descobrimentos portuMas, ao lado dessa glória de historiador erudito, ressalta mais a sua vida de democrata austero e fiel praticante das virtudes antigas.
Exilando-se no estrangeiro, desde 1927, por não compactuar com a ordem imposta pela ditadura salazarista, Jaime Cortesão viveu sucessivamente na Espanha, França, Bélgica e Inglaterra.
De 1940 em diante coube ao Brasil recebê-lo, “não como hóspede ilustre, mas como fraterno trabalhador”. Voltando depois a Portugal, teve o historiador de pagar com inúmeros dissabores e prisão o seu fervor e dedicação à causa da liberdade.
Morreu em Lisboa em 14 de Agosto de 1960.

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